As declarações do técnico Lula Pereira, do América, no programa esportivo Jogo Aberto&Ação, na Band Natal reforçam a teoria de que os problemas do clube vão muito além dos erros dentro de campo. O treinador foi claro ao citar que existem grupos internos dividindo os jogadores e misterioso ao citar cinco atletas que, segundo ele mesmo, nunca ganharam nada pelo Alvirrubro e que só atrapalham. Entre estes um foi nominado: Júlio Terceiro que, coincidentemente, deixou o clube ontem, transferido para o Fortaleza.
"No América tem quatro a cinco jogadores que estão marcados por nunca terem conquistado nada e de certa forma se criou um mito com esses jogadores, e Júlio Terceiro é um deles", disparou o treinador durante o programa. "Sobre Lula Pereira não tenho nada a declarar, apenas digo que fechei um acordo amigável com o América e estou deixando o clube, respondeu o volante apelidado outrora pela torcida Rubra de "Júlio Guerreiro", pelas demonstrações de entrega ao grupo durante os jogos.
O capítulo de ontem pôs fim a uma relação conturbada entre o técnico e o jogador. Afastado do time por opção de Lula Pereira, Terceiro chegou a treinar entre os jogadores da categoria de base do América. "Espero apenas uma ligação do presidente do Fortaleza para viajar. Posso chegar lá até no domingo", despediu-se.
Sobre os demais atletas que fazem parte do grupo dos "mitos" que ainda não venceram no América, Lula Pereira preferiu não citar os nomes, mas sabe-se que a saída de jogadores como Sandro e Asprila foi comemorada pela Comissão Técnica Alvirrubra.
Além dos problemas com alguns jogadores, Lula Pereira fez questão de dizer que sofre para conseguir dar um padrão ao time. "Estou aqui há 58 dias e o América teve 17 jogos, uma média muito alta. Então eu não observei os jogadores nos treinos e sim nos jogos, então o Campeonato do Nordeste foi e está sendo muito bom para mim".
Sobre a utilização de atletas da categoria de base, como Richardson e David, Lula Pereira foi enfático. "Talvez eu seja um dos treinadores que mais lança jovens jogadores no mercado, mas a hora do América não é para lançar meninos. O jogador da casa que não vai bem morre no nascedouro. O de fora que não for bem vai embora e segue a vida".
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